08ª Sessão Solene – 18 de junho de 2018

Ata da Oitava Sessão Solene realizada na Câmara de Vereadores “Palácio Deputado José de Souza Cândido”, nas dependências do Plenário “Francisco Marques Figueira”, cujo prédio fica situado na Rua dos Três Poderes, nº 65, Jardim Paulista. Ao décimo oitavo dia do mês de junho de dois mil e dezoito, às dezenove horas e cinquenta minutos, dá-se o início à Oitava Sessão Solene, do Segundo Exercício da Décima Sétima Legislatura em COMEMORAÇÃO DOS 110 ANOS DE IMIGRAÇÃO JAPONESA NO BRASIL. O evento tem início com a apresentação do Sr. Juvenal Antonio da Silva, responsável pela condução da cerimônia, que dá boas vindas a todos os presentes, anuncia o propósito da solenidade e convida o presidente da Câmara Municipal de Suzano, Ver.  Leandro Alves de Faria, para ocupar seu lugar oficial na mesa. Em seguida, convida os Vereadores para ocuparem seus lugares: vice-presidente, Rogério Gomes do Nascimento – PRP (Rogério da Van). José Izaqueu Rangel – Zaqueu(PSDB). Marcos Antonio dos Santos – Maizena Dunga Vans(PTB). Lisandro Luis Frederico – PSD (Lisandro da ONG PAS) e Verª. Neusa dos Santos Oliveira – Neusa do Fadul(PSD). O Presidente forma uma comissão com os vereadores: Rogério Gomes do Nascimento, Verª. Neusa dos Santos Oliveira, Marcos Antonio dos Santos, José Izaqueu Rangel e Lisandro Luis Frederico para recepcionarem as autoridades e os homenageados. O mestre de cerimônia convida para a composição da mesa: Prefeito de Suzano, Rodrigo Kenji de Souza Ashiuchi. Deputado Estadual, Estevam Galvão de Oliveira. Vice-prefeito de Mogi das Cruzes, Juliano Abe. Representando o Deputado Federal Walter Ihoshi, o Sr. Artur Takayama. Vice-presidente do Bunkyo de Suzano, Sr. Reinaldo Katsumata e Delegado do Creci, Dr. Nelson Sais. São convidadas as seguintes autoridades para ingressarem ao Plenário: Secretário de Esportes, Recreação e Lazer, Arnaldo Marin Junior. Secretário de Meio Ambiente, Dr. Carlos Toshiharo Watanabe. Chefe de Gabinete, Afrânio Evaristo da Silva. Secretária municipal de Administração, Cintia Renata Lira Silva. A seguir, o mestre de cerimônia chama os homenageados para se acomodarem no plenário: FUMIO OURA. MITSUO ANRAKU. SHICHIRO TAKEYOSHI. TAKATSUGU FUJIMURA. MINOR HARADA. KAZUHIRO MORI. PAULO YOSHINOBU HAYASHI. NAOYUKI GYOTOKU. MASACHIKA TAKAKI. YUJI YAMAGAMI. ALBERTO HIDEIYUKI KARIYA. HARUO OURA. KAZUO NAKADA. PEDRO NAKAMURA. KAZUHIKO INO. LUIZ HIGASHI. MINORU YOSHIDA. LUIZ KAGOHARA. MIKIO SAWADA E KAZUYTI IUAHARA. As entradas do Presidente, dos Vereadores, das autoridades que compuseram a mesa, das autoridades que adentraram ao plenário, e dos homenageados foram feitas sob aplausos e registros fotográficos. (Nota da Taquigrafia.) Dando continuidade, o mestre de cerimônia convida a todos para, em pé, entoarem o Hino do Japão, Hino Nacional Brasileiro e o Hino a Suzano. Na sequência, o Presidente manifesta: “Vereadores, Vereadoras, Autoridades, Senhoras e Senhores, boa noite! Sejam bem-vindos à sessão solene em Comemoração dos 110 anos de imigração Japonesa no Brasil. Em nome de Deus e da Pátria, declaro aberta esta Sessão Solene.” São registradas as presenças da Presidente do Conselho de Cultura, Cleide Tomioka; do Presidente da Associação Nikkey, Bairro das Palmeiras, Sr. Walter Kojima; da representante da presidente do Rotary Suzano Sul, Sidnei Marcos de Lima Franco e da Presidente da Associação de Famílias Rotarianas de Suzano – Asfar Su,

 

Mariusa Kariya.  O mestre de cerimônia convida o Senhor Presidente para falar em nome da Câmara Municipal de Suzano. Com a palavra o Ver.  Leandro Alves de Faria – PR (Leandrinho), que agradece a presença das autoridades que compuseram a mesa, dos homenageados e das autoridades presentes e manifesta; “A pedido do prefeito Rodrigo Ashiuchi e de várias autoridades fizemos uma mudança no Regimento Interno para hoje fazer esta comemoração de suma importância de comemorar os 110 anos da imigração japonesa no Brasil. Há mais de um século, nosso país recebeu as primeiras famílias japonesas, que vieram trabalhar nas lavouras de café, em busca de um futuro melhor. Enfrentaram muitas dificuldades, impostas principalmente pelas diferenças da língua, dos costumes e do clima. Compartilharam seus conhecimentos, suas crenças e manifestações culturais. Em solo suzanense, essa integração colaborou de forma ímpar com o desenvolvimento e se refletiu na vocação econômica do nosso município, fazendo com que a cidade ocupasse um lugar de destaque, tanto na produção agrícola quanto industrial do país. Este laço também fez com que Suzano ganhasse um caldo de cultura muito interessante, que pode ser observado na miscigenação da nossa população e nas mais diversas festas de origem japonesa existentes no calendário oficial do município. A forte presença nipônica em Suzano também se refletiu na política. Tanto que temos entre os homenageados desta noite três ex-vereadores de origem japonesa, que muito fizeram no campo Legislativo pela nossa cidade. Tenho a honra de prestar, nesta sessão solene, esta pequena homenagem, diante da gigantesca contribuição dada pelos japoneses e seus descendentes a nossa querida cidade. Arigatô! Muito obrigado por fazer de Suzano uma cidade cada vez melhor! Agradeço a presença de todos os familiares dos homenageados aqui presentes.” (aplausos) Continuando, o mestre de cerimônia chama para se posicionar à frente da mesa os homenageados, e o Senhor Presidente chama os vereadores e autoridades para fazerem as entregas das homenagens. O Sr. Fumio Oura recebe a homenagem das mãos do Ver. Rogério Gomes do Nascimento. A entrega é feita sob aplausos e registros fotográficos. O Sr. Mitsuo Anraku recebe a homenagem das mãos do Ver. José Izaqueu Rangel. A entrega é feita sob aplausos e registros fotográficos. O Sr. Shichiro Takeyoshi recebe a homenagem das mãos do Ver. Marcos Antonio dos Santos. A entrega é feita sob aplausos e registros fotográficos. O Sr. Takatsugu Fujimura recebe a homenagem das mãos do Ver. Lisandro Luis Frederico. A entrega é feita sob aplausos e registros fotográficos. O Sr. Minor Harada recebe a homenagem das mãos da Verª. Neusa dos Santos Oliveira. A entrega é feita sob aplausos e registros fotográficos. O Sr. Kazuhiro Mori recebe a homenagem das mãos do Ver. Rogério Gomes do Nascimento. A entrega é feita sob aplausos e registros fotográficos. O Sr. Paulo Yoshinobu Hayashi recebe a homenagem do secretário de esportes, Sr. Arnaldo Marin Junior. A entrega é feita sob aplausos e registros fotográficos. O Sr. Naoyuki Gyotoku recebe a homenagem das mãos do Sr. Carlos Watanabe. A entrega é feita sob aplausos e registros fotográficos. O Sr. Masachika Takaki recebe a homenagem do chefe de gabinete, Sr. Afrânio Evaristo da Silva. A entrega é feita sob aplausos e registros fotográficos. O Sr. Yuji Yamagami recebe a homenagem das mãos da secretária de administração, Sra. Cintia Renata Lira. A entrega é feita sob aplausos e registros fotográficos. O Sr. Alberto Hideiyuki Kariya recebe a homenagem das mãos do Ver. José Izaqueu Rangel. A entrega é feita sob aplausos e registros fotográficos. O Sr. Haruo Oura recebe a homenagem das mãos do Ver. Marcos Antonio dos Santos. A entrega é feita sob aplausos e registros fotográficos. O Sr. Kazuo Nakada recebe a homenagem das mãos do Ver. Lisandro Luis Frederico. A entrega é feita sob aplausos e registros fotográficos. O Sr. Pedro Nakamura recebe a homenagem das mãos da Verª. Neusa dos Santos Oliveira. A entrega é feita sob aplausos e registros fotográficos. O Sr. Kazuhiko Ino recebe a homenagem das mãos do delegado do Creci, Sr. Nelson Sais. A entrega é feita sob aplausos e registros fotográficos. O Sr. Luiz Higashi recebe a homenagem das mãos do Sr. Artur Takayama. A entrega é feita sob aplausos e registros fotográficos. O Sr. Minoru Yoshida recebe a homenagem das mãos do deputado estadual, Estevam Galvão de Oliveira. A entrega é feita sob aplausos e registros fotográficos. O Sr. Luiz Kagohara recebe a homenagem das mãos do prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi. A entrega é feita sob aplausos e registros fotográficos. O Sr. Mikio Sawada recebe a homenagem das mãos do vice-prefeito de Mogi das Cruzes, Juliano Abe. A entrega é feita sob aplausos e registros fotográficos e o Sr. Kazuyti Iuahara recebe a homenagem das mãos do vice-presidente do Bunkyo, Sr. Reinaldo Katsumata. A entrega é feita sob aplausos e registros fotográficos. (As placas são entregues aos vereadores e às autoridades por duas gueixas. Nota da Taquigrafia.) Logo após, o vice-prefeito de Mogi das Cruzes, Juliano Abe, é convidado para falar. Após cumprimentar todas autoridades elencadas pelo protocolo manifesta: “Vereadores, eu já passei numa Casa Legislativa, aliás, quero deixar registrado aqui, principalmente, pelo seleto grupo de presentes que se fazem nesta homenagem, um agradecimento em nome da Prefeitura Municipal, em nome da Cidade de Mogi das Cruzes a contribuição que esta Casa Legislativa vem realizando em prol da acessibilidade digital. Quero comunicar a todos que a cidade de Mogi das Cruzes passará contar com o apoio da Câmara Municipal de Suzano, que ganhou o primeiro selo de acessibilidade digital, dentre todos as instituições públicas do Estado de São Paulo. A Câmara Municipal de Suzano deu exemplo. Parabéns, Vereadores! Homenageados, eu vim aqui pensando sobre o que dizer esta noite, que é de todos nós descendentes da Colônia Japonesa, também me sinto homenageado pela Casa Legislativa. A realidade é que esses senhores lutaram tanto, tanto, tanto para que nós descendentes tivéssemos o reconhecimento por parte da população brasileira de que nós também fôssemos brasileiros. Esses senhores, as senhoras que acompanharam a vida desses homens, como tantos outros imigrantes japoneses que aqui vieram, trabalharam, mas  principalmente lutaram para que nós filhos, netos fôssemos reconhecidos por esta terra como sendo brasileiros. E aí nasce uma dicotomia entre essa luta e talvez a perda do reconhecimento por nós descendentes, por nós cidadãos acabamos descendendo desse processo. Eu digo dicotomia porque durante tanto tempo nós lutamos pela igualdade de direitos, pelo reconhecimento de sermos brasileiros e acabamos deixando ao longo dos anos de entender, de reconhecer aquilo que nos fazia diferente. E aquilo que nos faz diferentes neste Brasil, não são os olhos puxados, não é a cor da pele amarela, não é o sotaque que nós temos, às vezes, um pouco mais Nikkei, um pouco mais caipira, como é na cidade de Mogi das Cruzes, o que nos faz diferentes como sociedade nipo-brasileira é a valorização da nossa História. É a valorização da nossa cultura, é o reconhecimento desses senhores e dessas senhoras que fizeram que todo esse processo de diferencial que nós passamos a ter ao longo dos anos, tornássemos protagonistas da sociedade brasileira. Na década de 50, indubitavelmente, foi a colônia japonesa que passou a empreender os primeiros diferenciais dentro da agropecuária, trazendo um novo modelo de trabalho, novas tecnologias. Na década de 60, nós passamos a grandes indústrias e grandes empresas japonesas instaladas aqui  em nosso Brasil. Na década de 70, nós começamos a ter grandes empresários já brasileiros, grandes profissionais autônomos formados nas principais universidades. Na década de 80 e na década de 90, as principais listas das principais universidades públicas do Brasil continham sobrenomes japoneses, sobrenomes Nikkeis. O que passamos a fazer posteriormente a isso? Acho que esse enraizamento, esse aculturamento, essa brasilidade que passamos a ganhar, passamos a nos tornar tão iguais, iguais, iguais que nós deixamos de entender os nossos diferenciais. E eu, que recentemente me tornei quarentão, passei a entender a verdadeira razão pela qual nós devemos sim valorizar a nossa cultura, devemos sim valorizar aquilo que o Bunkyo faz aqui na cidade de Suzano; aquilo que o Aceas ensina para as nossas crianças, na cidade de Suzano e aquilo que a Câmara Municipal de Suzano hoje reconhece e faz com que todo cidadão suzanense passe a entender que é sim importante reconhecermos as nossas histórias. É sim importante valorizarmos a nossa cultura, os nossos princípios, aquilo que a gente traz de casa, porque sermos iguais é importante, mas num mundo tão competitivo que é hoje é importante continuarmos sendo diferentes. Meus parabéns a cada um de vocês homenageados. Uma gratidão eterna como filho de todos vocês. Obrigado, gente. Boa noite!”(aplausos). A seguir é chamado a falar o deputado estadual, Estevam Galvão de Oliveira, que após fazer cumprimentar todas as autoridades mencionadas anteriormente e os homenageados manifesta: “Quero render as minhas homenagens à Câmara Municipal de Suzano por este evento, quando estamos comemorando 110 anos da imigração japonesa. Gente, esta homenagem tem de acontecer não só agora nos 110 anos, tem de acontecer em todos os anos, porque a presença da colônia japonesa no Brasil é muito forte. Eu digo que Suzano assim como Mogi e tantas outras cidades são privilegiadas por terem recebido uma grande quantidade da imigração japonesa. Os japoneses vieram aqui em 1908, em troca de promessas mirabolantes até mentirosas e trabalharam duro, até em regime de escravos. Venceram pela determinação, pela inteligência, pela disciplina, pela coragem. Hoje, graças a Deus, a colônia ocupou espaço em todos os seguimentos de desenvolvimento do país! Você vê o japonês na política, na medicina, na saúde, na engenharia, no comércio, na indústria. Se nós chegamos aonde chegamos, devemos, em especial, à colônia japonesa. Parabéns a todos os homenageados!”(aplausos). Na sequência fala o prefeito cidade, Rodrigo Kenji Ashiuchi, que relata uma breve história sobre a chegada dos imigrantes japoneses em 1908, no Navio Kasatu Maru. Diz que os japoneses somam mais de dois milhões de pessoas que contribuem em diversas áreas, inclusive no esporte, com várias modalidades. Finaliza dizendo: “Tivemos vários políticos, várias pessoas de diversas áreas com duas categorias que nos unem: primeiro o amor e o respeito aos nossos ancestrais, repeito à colônia, respeito à cultura, à vida e aos ensinamentos que só o povo japonês tem na sua pluralidade. E outra mais importante, que hoje nos une nesta noite dezoito de junho, depois de cento e dez anos, é o amor, o carinho, o respeito, a contribuição para a nossa cidade de Suzano. No nosso hino, Leandrinho, como em alguns momentos já disse, tem um trecho que fala que de vários lugares da terra vieram imigrantes formar. E do Japão vieram lá de trás 781 mil imigrantes que foram para diversas cidades paulistas que depois chegaram aqui na região do Alto Tietê formando uma das maiores colônias japonesas fora do Japão. Tenho honra em ter o sangue japonês nas minhas veias e poder contribuir como eles contribuem para a história da nossa cidade, poder dizer do orgulho que eu tenho dos ensinamentos desses amigos, dessas pessoas que continuam contribuindo diariamente, apesar de qualquer dificuldade, superando os obstáculos, com a nossa cidade de Suzano. A vocês 20 homenageados, as 20 famílias que estão hoje aqui presentes, nosso muito obrigado. O nosso agradecimento, o nosso eterno respeito ao trabalho que todos fizeram em diversas áreas, para que Suzano hoje fosse reconhecida no Alto Tietê e no Estado de São Paulo. A nossa cidade de Suzano se orgulha dos filhos que tem. Parabéns a todos! Parabéns 110 anos de imigração japonesa!”(aplausos). A seguir é convidado para falar em nome dos homenageados o Sr. Kazuhiro Mori, que após cumprimentar todas as autoridades presentes, profere as seguintes palavras: “Honra-me em demasia poder representar os homenageados nesta sessão solene, que comemora exatamente neste dia de hoje cento e dez anos de imigração japonesa para o Brasil. Em nome deles, em nome dos meus companheiros, quero formular aqui sensivelmente os nossos agradecimentos a esta Casa Legislativa pela outorga dessas magníficas homenagens que estamos recebendo. Quando se fala em imigração, eu acredito que deva haver uma conjunção de duas necessidades, de dois interesses: um país que necessita de mão de obra e outros países que estão com problema da falta de mão de obra ou problemas econômicos, como foi o caso do Japão, que no início do século XX estava em muita dificuldade, que os nossos pais, os nossos avós, dificuldade inclusive de alimentação. Plantavam arroz e às vezes não tinham arroz suficiente para a sua alimentação. Aí houve essa conjunção de interesses, aqui precisando de mão de obra, e lá precisando enviar pessoas para poder ter uma aventura diferente, uma vida, talvez, melhor. E assim iniciou-se a imigração. Mas quando se fala em imigração japonesa aqui para o Brasil, costumo dizer que nós tivemos duas fases perfeitamente distintas: uma é o período  anterior à segunda guerra mundial e outra é o posterior. Por que eu faço essa diferenciação? Porque aqueles que vieram aqui não só para trabalhar ou para ganhar uma vida diferente, todos eles, sem exceção, vieram para ganhar alguma coisa, porque havia promessa de que plantando uma planta chamada Café, em pouco tempo, enriqueceria e em pouco tempo eles retornariam ao Japão. Essa era a intenção dos imigrantes. Terminou a segunda guerra e o Japão ficou completamente destruído. Completamente em cinzas. E os nipo-brasileiros que aqui viviam já estavam iniciando a se adaptarem a nossa cultura, a se adaptarem ao nosso modo de vida, mudou completamente os seus sentimentos, porque ninguém mais desejava voltar para o Japão. Eles resolveram ficar no Brasil para que os seus ossos fossem enterrados aqui no Brasil. E aí, muito rapidamente, os nipo-brasileiros aprenderam a vestir a sua camisa auriverde, aprenderam a sentir as

 

vibrações ao ouvir o Hino Nacional e começaram trabalhar com afinco para ajudar a construção desta nação. Hoje, eu vejo com muita tristeza, anteontem li no jornal Folha de São Paulo que muitos dos jovens, e lá na Folha diz exatamente o número de jovens, sessenta e dois por cento de 16 aos 24 anos, ao serem interrogados, responderam, com muita convicção, que se tivessem oportunidade gostaria de ira para outro país. Ora, precisamos fazer alguma coisa! Precisamos fazer com que os nossos jovens readquiram a confiança neste país. Readquiram a expectativa que tinham no passado para poder engrandecer esta nação. E nós temos de fazer alguma coisa. Cada um tem de fazer a sua parte. Sozinho não se constrói nada. Para que possa ajudar um pouquinho a história final a que eu quero chegar, permitam-me contar uma pequenina história, parecida com uma fábula: “Certa feita, uma densa mata incendiou-se. Houve um incêndio muito grande naquela mata. E o que aconteceu? Muitos, dezenas, centenas de animais começaram a fugir da mata para não serem queimados, é claro. E nisso, havia um passarinho muito pequenino que voava, mergulhava numa lagoa existente perto dessa mata, colocava algumas gotas de água no seu bico, voava sobre o incêndio e derrubava algumas gotas de água. E um macaquinho muito gozador diz: ‘Oh, passarinho, o que você está fazendo, mergulhar, voar em cima desse incêndio para apagar o incêndio com essas gotas’? E o passarinho responde-lhe com muita seriedade: ‘Eu não sei se vou apagar, mas a minha parte eu estou fazendo’. Eu só quero para terminar, dizer o seguinte, não basta, não basta que o nosso prefeito Rodrigo Ashiuchi faça a sua parte sozinho. É preciso ele fazer, é preciso todo secretariado fazer; é preciso todo funcionários da municipalidade cada um fazer a sua parte. É preciso que cada um da população de suzano faça a sua parte. E nós reconstruiremos a nossa cidade. Nós resgataremos a Suzano melhor que nós já tivemos. E não é só isso, se cada um da nossa nação fizer a sua parte,  pode estar certo nós teremos para amanhã um melhor país e o melhor país do mundo. Eu agradeço mais uma vez a esta Casa Legislativa por convocar a sessão solene comemorando os 110 anos de imigração japonesa para o Brasil e, mais uma vez, reitero, em nome de todos os homenageados, queremos agradecer à mesa e a todos os senhores vereadores. Obrigado.” (aplausos) (Dr. Mori cumprimenta  cada um dos integrantes da mesa. Nota da Taquigrafia.) A seguir, o mestre de cerimônia informa que haverá, após o encerramento da solenidade, um coquetel para os convidados no primeiro andar da Câmara Municipal de Suzano e passa a palavra ao presidente para o encerramento. Com a palavra o Ver.  Leandro Alves de Faria – PR (Leandrinho). “Vou ser bem breve. Em tempo quero agradecer a Sra. Cleide Tomioka,  responsável pelas gueixas,  quero agradecer os funcionários desta Casa, ao cerimonial, que teve bastante empenho e dedicação para que tudo saísse de acordo, obrigado a todos. Muito obrigado, Dr. Mori, pelas palavras muito bem ditas. Realmente, temos de fazer a nossa parte e resgatar essa juventude, para que amanhã tomem um posicionamento como o desses vinte homens que hoje foram homenageados com muita garra, que estão recebendo a homenagem mais do que merecida. E hoje, como presidente desta Casa, como vereador ao lado das autoridades cumprimento todos vocês. Parabéns! Uma salva de palmas a todos esses homens. (palmas) Só temos a agradecer os familiares, as autoridades. Muito obrigado. Esta Câmara está sempre aberta a todos vocês. Declaro encerrada a sessão.” Às 21h10, nada mais havendo a tratar, o presidente encerra a sessão. É feita a foto oficial na frente da mesa de trabalhos. É oferecido um coquetel no primeiro andar da Câmara Municipal de Suzano.

 

 

 

Plenário FRANCISCO MARQUES FIGUEIRA, em 18 de junho  de 2018

 

 

VER.  LEANDRO ALVES DE FARIA – PR (LEANDRINHO)

 Presidente

 

 

VER. Antonio Rafael Morgado – PDT (Prof. Toninho Morgado)

1º Secretário

VER. Max Eleno Benedito – PRP (Max do Futebol)

2º Secretário