Economia de recursos, acessibilidade digital e resgate histórico do Legislativo são marcas de Leandrinho à frente da Presidência da Câmara em 2018

20 de dezembro de 2018


Descrição da imagem #PraCegoVer: sentado em sua cadeira na Mesa Diretiva, vereador Leandrinho fala ao microfone. Ele usa terno escuro e camisa branca.

Foto: Ricardo Bittner

Em seu primeiro mandato com vereador, Leandro Alves de Faria (PR), o Leandrinho, assumiu a Presidência da Câmara de Suzano em 2 de janeiro de 2018, após renúncia do parlamentar José Izaqueu Rangel (PSDB), o Zaqueu Rangel. Em um ano no cargo, ele realizou uma gestão que deixou como marcas a economia aos cofres públicos, o resgate da história do Legislativo e a posição de destaque do portal na Internet da Casa de Leis como referência em acessibilidade digital. Também foi escolhido como “Vereador do Ano” no Prêmio Profissionais do Ano de 2018. Confira a entrevista:

O senhor assumiu a Câmara de Suzano em janeiro deste ano, após renúncia do vereador Zaqueu Rangel ao cargo. Como foi atuar por um ano à frente do Legislativo suzanense, sendo um vereador de primeiro mandato?

Eu me doei ao máximo para fazer uma boa gestão, tanto para os vereadores, como para os funcionários da Casa de Leis, além de continuar trabalhando pela população em meu mandato.

Quais os marcos da sua gestão na Presidência da Câmara?

Acredito que deixarei pelo menos três legados à população suzanense. O primeiro deles é o resgate da história do Legislativo. Restauramos este ano a Galeria dos Ex-Presidentes da Câmara, que tinha fotografias totalmente danificadas, e realizamos a exposição “Câmara de Suzano: de 1949 aos dias de hoje”, em comemoração ao aniversário de 69 anos de Suzano.

Na abertura da exposição, recebemos 13 ex-presidentes do Legislativo. Foi uma honra e uma grande alegria receber tantos vereadores que me precederam nesta função de representar a Casa de Leis. Além disso, resgatamos documentos importantes para mostrar ao público, como a ata manuscrita da primeira sessão da Câmara, realizada em 2 de abril de 1949.

Além de preservar a memória do nosso município, a exposição abriu as portas da Casa de Leis para uma visita guiada a cerca de 2 mil estudantes do nosso município. Trazer as pessoas para a Câmara, apresentar a elas qual o papel do Legislativo e dos vereadores, é acima de tudo um exercício de cidadania. É fazer com que a Câmara seja realmente a casa do povo.

Qual foi o segundo legado que o senhor acredita ter deixado em sua gestão?

Se numa ponta atuamos para preservar o passado e mantê-lo vivo, em outra buscamos estar conectados com o futuro, dando todo o suporte para que a Câmara de Suzano aperfeiçoasse seu portal na Internet e se tornasse uma referência nacional em acessibilidade digital, um processo que já vinha sendo realizado desde 2016. Em maio, a Câmara se tornou o primeiro órgão público do Brasil, fora do município de São Paulo, a contar com Selo de Acessibilidade Digital da Prefeitura de São Paulo, concedido pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED).

A certificação nos deu aval para sermos referência nesta área. Tanto que as prefeituras de Suzano e de Mogi das Cruzes contaram com nossa colaboração para tornarem seus portais 100% acessíveis.

Em junho, em parceria com o Fundo Social de Solidariedade de Suzano, realizamos na Câmara o evento “Acessibilidade Digital em Ação” e trouxemos pessoas renomadas na área para discutir uma internet acessível para todas as pessoas. E em novembro, a webdesigner do Legislativo, Taiane Fernandes, foi a Brasília (DF) apresentar nossa experiência no 10º Encontro Nacional do Grupo Interlegis de Tecnologia (EnGitec).

E qual o terceiro legado do senhor na Presidência da Casa de Leis?

O outro legado que acredito que conquistamos este ano foi a economia aos cofres públicos, o que permitiu investimentos em outras áreas no município. Em novembro, exoneramos 19 assessores de relações internas; entregamos à Prefeitura 16 carros da frota e rescindimos o aluguel de outros dois veículos; e devolvemos R$ 1,1 milhão ao Executivo.

As medidas que tomamos reduziram em mais de R$ 1,1 milhão os gastos do Legislativo e regularizaram a nossa situação perante o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. E ainda foi possível convocar 18 novos funcionários concursados para ocupar os cargos de agente de limpeza, agente de vigilância e zeladoria, auxiliar administrativo, porteiro e assistente jurídico.

Como o senhor avalia a relação do Legislativo com o Executivo em 2018?

Acredito que consegui realizar um trabalho harmônico entre os dois poderes do município, como deve ser numa democracia. Tenho uma ótima relação com o prefeito Rodrigo Ashiuchi (PR), que tem feito uma gestão inovadora para Suzano. A Larissa Ashiuchi (primeira-dama, presidente do Fundo Social de Solidariedade e dirigente do Serviço de Ação Social e Projetos Especiais) também vem realizando um trabalho excepcional em prol da população. Pertencemos ao mesmo partido político, mas exerço meu papel de forma independente, preservando a autonomia da Casa de Leis e dos vereadores.

Como foi comandar uma das maiores casas legislativas da região do Alto Tietê no início da sua carreira política?

Fui servidor público por muitos anos e esta experiência anterior me auxiliou a entender como funciona a máquina administrativa. Trabalho todos os dias para que a Câmara seja atuante e correta, digna da confiança da população. Ser um político jovem, em primeiro mandato, não foi empecilho para ocupar a Presidência do Legislativo.

Como foi manter “pulso firme” em votações polêmicas, como a alteração do valor do IPTU, a proibição dos fogos de artifícios e o afastamento de um vereador?

A Câmara, como todo Parlamento, é o lugar para que o debate político ocorra. Acredito que este é o papel de quem está à frente de uma casa legislativa: ouvir as mais diversas opiniões e dar espaço ao contraditório. É assim que a democracia é garantida.

Quais são seus planos políticos para o futuro?

Vou me dedicar nos próximos dois anos ao mandato de vereador, para o qual fui eleito, trabalhando pela população de Suzano. Acredito que o futuro será o reflexo disso. O futuro a Deus pertence.