Protagonismo feminino: atletas suzanenses são homenageadas na Câmara de Suzano

31 de outubro de 2023


Descrição da imagem #PraCegoVer: de pé, no Plenário da Câmara, as homenageadas posam para foto junto com familiares. Atrás deles, também de pé, em frente à Mesa Diretiva da Câmara, vereadores, e demais autoridades também posam para a foto.

Foto: Ricardo Bittner

As atletas suzanenses Luciana Watanabe e Mônica Fillipon Sato receberam na noite de ontem (30) a Medalha Antônio Marques Figueira, na Câmara de Suzano. Elas são atletas de modalidades predominantemente masculinas (sumô e strongman) e colecionam títulos nacionais e mundiais. O autor das homenagens é o vereador Artur Takayama (PL).

A sessão solene foi presidida pelo vice-presidente da Casa de Leis, Márcio Malt (PL), e contou com a presença dos vereadores Lazario Nazare Pedro (Republicanos), o Lázaro de Jesus; e Marcel Pereira da Silva (PTB), o Marcel da ONG. Também participaram os secretários de Esportes e Lazer, Arnaldo Marin Júnior, o Nardinho; Segurança Cidadã, Afrânio Evaristo da Silva; Governo, Alex Santos; o presidente do Conselho Municipal de Desportos, José Serafim Júnior; o vice-presidente do Instituto Sociocultural Brasil-China, José Rodrigues; o diretor-geral do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), Eugenio Zampini; entre outras autoridades.

Takayama destacou que não conseguiria citar todas as conquistas das atletas. “Se eu falar todos os títulos, vamos ficar aqui a noite inteira”, brincou. Isso porque, Luciana Montgomery Watanabe Higuchi, praticante de sumô, é três vezes vice-campeã mundial da modalidade (2013, 2017 e 2023), cinco vezes terceira colocada em mundiais, oito vezes campeã sul-americana de sumô e 19 vezes campeã brasileira do esporte. Já Mônica Fillipon Sato, que pratica a modalidade strongman (levantamento máximo de peso e deslocamento de peso) tem entre seus títulos, o de tricampeã mundial de strongman Static Monsters. Na última competição, realizada em julho deste ano em Londres, na Inglaterra, Mônica também levantou a maior carga do evento, de 390 quilos. É ainda recordista sul-americana de Apollon (250 quilos) e de deadlift (300 quilos). “Luciana e Mônica são pessoas que enaltecem não somente o nome da nossa cidade, mas também do nosso País”, disse.

Ashiuchi também discursou sobre as conquistas das atletas pelo mundo. Ele afirmou estar feliz com o sucesso delas e disse que, além do amor pelo esporte, o que as une é o amor e carinho por Suzano.

Em seu discurso, Mônica agradeceu o apoio de seus patrocinadores, amigos e familiares. Ela também falou sobre o strongman. “O strongman é um esporte relativamente pequeno no Brasil, mas muito grande lá fora. Nós temos uma luta para mantê-lo vivo, principalmente para as mulheres. Porque as mulheres têm medo, às vezes, de mostrar a força que têm. Então, é uma honra poder fazer parte dessa história e saber que vou deixar um legado para os que vierem”, disse. “Eu entrei para o strongman com 42 anos, uma idade que a maioria acha que tem que parar. Mas é um esporte de superação”, ressaltou.

Além de falar sobre sua superação no esporte, Luciana discursou sobre seu trabalho em sala de aula.  Ela realiza o projeto Lutas como Forma de Educação em Suzano e Itaquá. “Vi muitas mudanças significativas não só nos alunos, mas também na comunidade”, explicou. “Como meu marido sempre diz: não importa ser campeão no esporte, se você não faz campeões para a vida. Então espero que esse seja o meu legado”, finalizou.

Malt disse que as atletas “são inspirações para toda a cidade de Suzano, em especial às meninas e mulheres. São provas concretas de que não há lugar que a mulher queira chegar e que não possa ocupar”.