17ª Sessão Solene – 31 de agosto de 2022

Ata da Décima Sétima Sessão Solene, realizada na Câmara de Vereadores “Palácio Deputado José de Souza Cândido”, nas dependências do Plenário “Francisco Marques Figueira”, cujo prédio fica situado na Rua dos Três Poderes, nº 65, Jardim Paulista. Ao trigésimo primeiro dia do mês de agosto de dois mil e vinte e dois, às dezenove horas e quarenta e quatro minutos, deu-se início à Décima Sétima Sessão Solene, do Segundo Exercício, da Décima Oitava Legislatura de Homenagem em Comemoração ao Dia do Maçom. O evento teve início com a apresentação do Sr. Juvenal Antonio da Silva, responsável pela condução da cerimônia, que deu boas-vindas a todos os presentes, anunciou o propósito da solenidade e convidou o Presidente da Câmara Municipal de Suzano, Vereador Leandro Alves de Faria, para ocupar seu lugar oficial na Mesa de Honra. Em seguida, o cerimonialista convidou os Senhores Vereadores da Câmara Municipal de Suzano para ocuparem seus lugares no plenário: 1º) Marcos Antonio dos Santos. 2º) Lazario Nazare Pedro. 3º) André Marcos de Abreu. 4º) Artur Yukio Takayama. 5º) Edirlei Junio Reis. 6º) Gerice Rego Lione e 7º) Rogério Aparecido Castilho. O Senhor Presidente formou uma Comissão com os Vereadores: Artur Yukio Takayama, Gerice Rego Lione e André Marcos de Abreu para recepcionar os convidados e os homenageados. O mestre de cerimônia convidou as seguintes autoridades para a composição da Mesa: ● Secretário Municipal de Planejamento e Finanças, Itamar Corrêa Viana. ● ex-vereador e autor da Lei nº 3.328/1999, Edmir Pereira Vidal. ● Assessor estratégico da Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana, Claudinei Valdemar Galo. Foi chamado a seguinte autoridade para adentrar ao plenário: ● o presidente do Rotary Clube Suzano, José Raimundo Araújo Diniz. A seguir, o cerimonialista chamou os homenageados, que foram recepcionados pela mesma comissão de vereadores: 1º) Representando a A.R.L.S.B.O (Augusta e Respeitável Loja Simbólica Benfeitora da Ordem) 31 de março II nº 2002, Venerável Mestre, Adyr Ghiorzi Brandão. 2º) Representando a A.R.L.S. (Augusta e Respeitável Loja Simbólica) Campos de Mirambava nº 3021, Venerável Mestre, Nuziante Graziano. 3º) Representando a A.R.G.B.L.S. (Augusta e Respeitável, Grande e Benfeitora Loja Simbólica) Luz e Caridade nº 181, Venerável Mestre, Argineu Passoni Junior. 4º) Representando a A.R.L.S. (Augusta e Respeitável Loja Simbólica) 02 de abril nº 379, Venerável Mestre, Victor Pfuezenreiter. 5º) Representando a A.R.L.S. (Augusta e Respeitável Loja Simbólica) Guardiões da Virtude nº 320, Venerável Mestre, Samuel Alexandre de Oliveira. 6º) Representando a A.R.L.S. (Augusta e Respeitável Loja Simbólica) Honra, Dignidade e Soberania 251, Venerável Mestre, Jesus Mariano da Silva. – As entradas do Presidente, dos Vereadores, das autoridades e dos homenageados foram feitas sob aplauso e registros fotográficos. (Nota do Setor de Taquigrafia.) A seguir o cerimonialista convidou a todos para entoar o Hino Nacional Brasileiro, Hino à Suzano. Dando continuidade, o Senhor Presidente manifestou: “Vereadora, Vereadores, Autoridades, senhoras e senhores, funcionários, imprensa, internautas que nos acompanham pelas redes sociais da Câmara Municipal de Suzano, muito boa noite a todos! Sejam muito bem-vindos à Sessão Solene de Homenagem em Comemoração ao Dia do Maçom. Em nome de Deus e da Pátria, declaro aberta a presente Sessão Solene”. A seguir, o Sr. Juvenal Antonio da Silva leu os ofícios do deputado estadual Estevam Galvão e do presidente da 55ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Suzano), Fabricio Ciconi Tsutsui, justificando suas ausências e parabenizando os homenageados. o mestre de cerimônia agradeceu as presenças: do representante da loja Rafhael dos Santos Reis nº 557 – Oriente de São Paulo, Abisal Pereira; da presidente da associação de Famílias de Rotarianos de Suzano- ASFAR, Tiyoko Luzia Abe Diniz e da secretaria da Famílias de Rotarianos de Suzano- ASFAR, Celina dos Santos Silva. A seguir, o Senhor Presidente convidou para falar em nome da Câmara Municipal de Suzano o vereador Edirlei Junio Reis. Com a palavra o Vereador Edirlei Junio Reis – Professor Edirlei (PSDB), que após os cumprimentos de praxe, mencionou as três palavras que são os pilares da Maçonaria: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. O paramentar fez uma ilustração com a metáfora do filósofo grego Platão ‘O Mito da caverna’: “A jornada de um homem que vivia dentro de uma caverna escura, com seus companheiros aprisionados em correntes e no meio dessa caverna tinha uma fogueira que projetava sombras nas paredes. Um dia esse homem conseguiu se libertar e teve que tomar uma decisão ou continuava ali com seus amigos ou caminhava em direção a um barulho e a tudo aquilo que acontecia do lado de fora que não conhecera. Então ele decidiu caminhar, ultrapassar a barreira da escuridão, quando chegou do lado de fora encontrou um mundo totalmente novo que não conhecera. Ele encontrou uma tonalidade diferente, uma claridade que nunca tinha visto naquela intensidade que é a luz do sol. Ele começou a percorrer uma série de lugares e encontrou aquilo que ele nunca outrora havia vivenciado. Então viveu a experiência da liberdade por estar livre das algemas e das amarras de um local onde culturalmente ele viveu durante décadas. Aí despertou nele o sentido de fraternidade. Vou regressar, vou compartilhar com os meus irmãos aquilo que ainda eles não têm, porque ainda estão vivendo nas sombras, na escuridão. Acreditou que seria melhor para vida deles. Princípio de fraternidade. Quando ele retornou para trazer essa notícia, a ideia era que aceitassem essa nova perspectiva de vida e junto com ele voltassem para o mundo novo que conhecera. Assim conseguiriam construir uma sociedade onde haveria igualdade para aqueles que quisesse sair de um lugar escuro e para o lugar onde tinha clareza e o mundo novo para se criar. No decorrer desta história o que nós tiramos para nossas vidas de reflexão na noite de hoje? É que cada um de nós tem, todos os dias, a decisão de escolher quais os pilares nós queremos construir na nossa vida. Quando ouvimos a palavra Maçom, muitos talvez desconheçam, mas significa ou chega perto daquilo que entendemos como pedreiro, que é aquele quem constrói, que edifica a cidade, é aquele que põe pedra sobre pedra de forma calma, tranquila, se preocupando não somente em construir, mas também como a estética, com a beleza de trazer algo em perfeição. Todos os dias temos esta oportunidade, o livre arbítrio de decidimos como nós queremos construir as nossas vidas e como queremos construir a cidade de Suzano. Temos aqui com certeza homens, mulheres, familiares que aqui estão comprometidos em construir uma cidade melhor, em busca de fazer com que o nosso próximo, os nossos amigos, aqueles que estão o nosso entorno possam vivenciar a experiência de igualdade e fraternidade. Essa é a missão não só dos Senhores como de todos que estão hoje nesse auditório”. (aplausos). – Logo após, o mestre de cerimônia chamou para se posicionar à frente da mesa os homenageados, e o Senhor Presidente chamou os vereadores e autoridades para fazerem as entregas das placas. 1º) V. M. Adyr Ghiorzi Brandão recebeu a placa das mãos do Secretário Municipal de Planejamento e Finanças, Itamar Corrêa Viana. (A entrega foi feita sob aplauso e registros fotográficos. Nota da Taquigrafia.). 2º) V. M. Nuziante Graziano recebeu a placa das mãos do Assessor estratégico da Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana, Claudinei Valdemar Galo. (A entrega foi feita sob aplauso e registros fotográficos. Nota da Taquigrafia.). 3º) V. M. Argineu Passoni Junior recebeu a placa das mãos da Vereadora Gerice Rego Lione. (A entrega foi feita sob aplauso e registros fotográficos. Nota da Taquigrafia.). 4º) V. M. Victor Pfuezenreiter recebeu a placa das mãos do ex-vereador e autor da Lei nº 3.328/1999, Edmir Pereira Vidal. (A entrega foi feita sob aplauso e registros fotográficos. Nota da Taquigrafia.). 5º) V. M. Samuel Alexandre de Oliveira recebeu a placa das mãos do Vereador Lazario Nazare Pedro. (A entrega foi feita sob aplauso e registros fotográficos. Nota da Taquigrafia.). 6º) V. M. Jesus Mariano da Silva recebeu a placa das mãos do Vereador André Marcos de Abreu. (A entrega foi feita sob aplauso e registros fotográficos. Nota da Taquigrafia.). Ato contínuo, foi convidado para fazer o uso da palavra o Assessor estratégico da Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana, Claudinei Valdemar Galo. Com a palavra o Sr. Claudinei Valdemar Galo, que agradeceu o ex-Vereador Edmir Pereira Vidal criador da lei e cumprimentou a todos. Disse que é um dia muito importante por tudo que a Maçonaria faz não só pelo Brasil, mas também para o mundo. “A Maçonaria é algo universal, que percorre o mundo,” manifestou. Na sequência, o cerimonialista chamou para o uso da palavra, em nome do Executivo Municipal, o Secretário Municipal de Planejamento e Finanças, Itamar Corrêa Viana. Com a palavra o Sr. Itamar Corrêa Viana, que após os cumprimentos de praxe, cumprimentou a todos os obreiros da cidade de Suzano e disse: “Este é um dia que foi instituído para comemorarmos aquilo que somos todos os dias do ano e a cada momento de nossas vidas. Este é o dia em que celebramos a nossa incansável busca pela perfeição, a nossa luta diuturna pelo nosso aprimoramento pessoal e consequentemente da sociedade em que estamos inseridos como homens livres e de bons costumes, comprometidos com a verdade dos nossos princípios morais. Este é o dia em que aqueles que levantam templos a virtude, cavam masmorras ao vício, meditam e fazem um balanço do seu trabalho e descobrem, com certeza e sem espanto, que ainda há muito a ser feito. Mas não desistam jamais. Ergam-se e continuem a luta tanto interna quanto externa, tanto espiritual quanto prática, unidos sobre a bandeira iluminada da Liberdade da Igualdade e da Fraternidade. Este é o dia que somos convidados a relembrar nosso compromisso com a nossa sacrossanta instituição. Este é o dia em que celebramos o fato de ser Maçom é aperfeiçoar a humanidade através do próprio ser humano. Ser Maçom é ultrapassar e superar nossas limitações; ser Maçom é cada dia refletirmos que a partir do instante sublime da iniciação, cada um de nós nasceu para uma nova existência. Onde começou a perceber o mundo através de um olhar mais abrangente e de uma visão mais humana e justa. O que a tríplice argamassa que une nossos corações, paz, amor e concórdia seja sempre restaurada. Com essa visão, nesse dia tão especial de profunda simbologia, transmito todos os dias cada um fraternal abraço. Que esta noite seja justa e perfeita. (aplausos) Ato continuo, foi convidado para os agradecimentos em nome dos homenageados, V. M. Adyr Ghiorzi Brandão. Com a palavra o V. M. Adyr Ghiorzi Brandão: “Boa noite, agradeço aos irmãos que me indicaram para representar os Maçons nesta data comemorativa. Excelentíssimo presidente desta Casa, o vereador Leandro Alves de Farias (Leandrinho), na pessoa o qual cumprimento as demais autoridades elencadas pelo protocolo. Parabenizo esta Casa por disponibilizar um interprete de Libras, porque a minha filha é deficiente auditiva vai poder acompanhar este evento. Cumprimento também os funcionários aqui presentes; aos visitantes, a todas as cunhadas e os sobrinhos; e a todos os Maçons representados pelos Veneráveis das lojas desta cidade. Agrada-me muito ver a Casa cheia para que possamos comemorar o dia do Maçom após a terrível pandemia do Covid-19 um período que não fizemos como gostaríamos de ter feito. Hoje é um dia alegre e com a benção de Deus, vou tentar proferir algo sobre o dia do Maçom. Agradeço as palavras do Vereador Edirlei que me antecedeu. Então divido minha fala em duas partes. Nesta primeira parte me dirijo aos que não são Maçons, para explicar esta homenagem. Na história, a evolução da cultura e do pensamento humano, remonta desde fixação do selvagem ao solo pela agricultura, formando povoados, cidades e civilizações. Nas civilizações mais antigas, como os egípcios e babilônicos, tivemos o nascimento de costumes, religiões, condutas éticas e morais. Formaram regras sócio-políticas e fomentaram guerras. Tivemos povos vencedores, vencidos e desaparecidos ou incorporados. Assim foi forjada a filosofia dos vencedores sobre os vencidos. Sabemos que o pensamento vem evoluindo; de Sócrates que ensinou a Platão, que ensinou a Aristóteles; que lecionou para Alexandre, o Grande, que pelas suas conquistas espalhou sementes do conhecimento grego por todo oriente e Europa. O Império Romano, expandiu e com outros povos, aprimorou novas culturas, melhorando as artes, a urbanização, disciplina e estratégia bélica, regimes políticos, leis básicas, formação das línguas neolatinas como o francês, português e espanhol, e a religião. Este modelo de civilização, constituiu um marco para vários povos. A religião cristã se torna oficial e merece destaque na história – e para os Maçons o legado deste período foram os “Collegia Fabrorum”. A Maçonaria primitiva seria o arquétipo da estrutura desta escola. Os “Collegia Fabrorum” eram escolas de ofício, que eram constituídas por grupos de construtores que acompanhavam as legiões romanas, construindo e reconstruindo o que era de interesse de Roma. Nos deixaram como legado anfiteatros, estradas, pontes, e o arco romano. Eram entidades com estruturas administrativas definidas, organizadas e hierárquicas, com rituais religiosos e iniciáticos. Com a queda de Roma, houve a fragmentação urbana e ruralização da sociedade e a formação de feudos, reinados e reis. A religião torna-se a maior força de pensamento ocidental e passa a ditar as regras a todos os povos na Idade Média. A filosofia de Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino quebra o cientificismo e humanismo anteriores. O homem deve tributar lealdade à Igreja e a Deus e os conhecimentos difundidos estavam mais amarrados a dogmas. Só nos monastérios a filosofia antiga foi preservada, assim como as artes e ofícios do “Colegia Fabrorum” (que é a teoria Comacine). Há um período chamado de “Ano da paz de Deus”, não haviam conflitos, mas assola com um rápido crescimento populacional. Na sequência vem a fome, a peste, e as guerras. Ocorreram as cruzadas, idealizada pelo clero para proteção dos peregrinos, nestes duzentos e setenta anos que houveram as cruzadas, criaram mitologias nacionais, contos de heroísmo como os cavaleiros templários, sendo citada no “Discurso do Cavaleiro” de Andrey M. Ramsay. Este contato com os povos árabes traz novos conhecimentos e comércio dos produtos do oriente. A circulação de dinheiro, com os primórdios dos bancos pelos cruzados; expande a burguesia. As técnicas construtoras preservadas pelos monges, o dinheiro da burguesia, e a influência da Igreja, várias cidades e novas Igrejas são construídas na Europa. Uma grande demanda de trabalhadores em pedra é necessária em vários locais. A pedra, escolhida por sua constituição sólida, é desbastada por companheiros iniciados, sob a direção de um mestre. Ao ritmo das técnicas e palavras, acompanhavam sinais estabelecidos. Construíam o edifício de pedra e a “Obra” com seu simbolismo, acrescentava força ao espírito. Estes mestres itinerantes vagavam livremente por aldeias e vilas. Nasce a base operativa; formam corporações de vários ofícios para defender seus interesses. Recebem o nome de “Artes” ou “Guildas”, e seus membros classificados em mestres, companheiros e aprendizes. As técnicas aprendidas são reveladas só para quem alcançava a experiência, elevando na classificação, e preservando a hierarquia. Então para preservar o segredo de suas técnicas, trabalhavam em uma “Lodge” ou loja fechada, afastados das vistas alheias. “Lodge” significa uma construção ao lado da Igreja, onde eram guardados os materiais utilizados nas obras e eram realizadas reuniões após o ofício. O aprendizado utilizava os elementos do ofício como símbolos para ilustrar novos conceitos e ensinamentos. A busca da razão e da ciência afrontava o Dogma religioso e conspirava contra o Absolutismo real inspirando por mais liberdade e igualdade. Pensadores como Erasmo de Rotterdan, Francis Bacon, John Locke, entre outros, inflam em admitir Maçons não operativos nas lojas, aproveitando o sigilo dos trabalhos, desenvolvem agendas iluministas e sociedades de pensamento. Funda-se a Royal Society em Londres. A circulação de ideias é feita por estes portadores de passe livre; dissemina o Iluminismo. A Peste, o incêndio de Londres e o maciço aumento das obras para recompor e construir as cidades, revigora as lojas e intensifica a admissão de comerciantes, profissionais liberais e da nobreza, e até membros da Royal Society em seus quadros. Inicia a Maçonaria Especulativa. Neste momento, há trezentos anos, em 24 de junho de 1717, quatro lojas declaram a fundação da Grande Loja de Londres. Iniciando oficialmente a Maçonaria e tendo os princípios idealizadores iluministas de liberdade de pensamento, busca da verdade e o progresso da ciência como razão do ser humano. É fundada com leis e constituições de uma confraria moral e ética, unindo todos os homens de bem de todos os países, de todas as raças, e de todas as posições sociais, apesar de opiniões políticas ou religiosas que os pudessem dividir. Esta formação foi ímpar na cultura humana. Era iniciada uma escola para promover o bem-estar da humanidade, erguendo templos a virtude e cavando masmorras ao vício. O crescimento foi vertiginoso e em toda a Europa e América, teve seu desenvolvimento com o fluxo destas ideias e inúmeros Maçons marcaram a história. George Washington, político; Mozart, músico; Lavoisier, Montesquieu, Kant, filósofos; Thomas Edison, inventor e muitos outros. No Brasil, os trabalhos maçônicos foram iniciados na Bahia, mas tomaram força no Rio de Janeiro, onde após o eloquente discurso proferido pelo Irmão Joaquim Gonçalves Ledo, no dia 20 de agosto de 1822, em uma sessão conjunta com outra loja, no Rio de Janeiro, firmou as bases para a proclamação da Independência do Brasil. Esta data foi eleita como o dia dos Maçons. O Irmão Jose Bonifácio de Andrade e Silva, apoia o príncipe Dom Pedro e seu filho, isso prolonga o Império e desta forma mantem a união do Brasil como país soberano, impedindo a fragmentação como ocorreu nas republicas espanholas. Sim, os Maçons trabalharam na independência brasileira; os Maçons também atuaram na abolição da escravatura. O Irmão Joaquim Nabuco circulava pelas lojas maçônicas do Brasil com o projeto do livro intitulado “O Abolicionismo”, de1883; e outros Maçons, mais tarde, na formação da nossa república. Em tempos difíceis, os Maçons se revelam e trabalham com força e vigor para uma sociedade mais justa. Estas histórias nos situa e refuta a importância dos Maçons no Brasil e no mundo. Agora na segunda parte, me dirijo aos Maçons aqui reunidos este ano, comemoramos o bicentenário de nossa independência, bicentenário da formação da potência mais antiga sul-americana que é o Grande Oriente Brasileiro e depois renomeado GOB, e originou novas potencias, como as grandes lojas estaduais, no estado representado pela GLESP, fazendo parte da CMSB; e o Grande Oriente Paulista confederado ao COMAB. Os quase 180 mil Maçons brasileiros, herdeiros deste legado de evolução do pensamento humano, acumulado desde as mais antigas culturas, dos antigos filósofos, formam uma base sólida para a justiça, tolerância, e respeito mútuo. Participam ativamente em todas conquistas sociais do povo brasileiro. Respeitam as leis e defendem a pátria. E dentro de seus princípios, sempre teve em mira o bem estar do povo. As ruas de Suzano nomeiam vários destes Maçons que estiveram ativos em prol do nosso país. Estas três potencias maçônicas, soberanas, regulares, mutuamente reconhecidas e irmanadas em tratados de amizade, trabalham junto na cooperação e apoio a várias entidades paramaçônicas, citando algumas como: Ordem DeMolay, Lowtons e Shriners Internacional. Trabalhamos sob as regras de ritos maçônicos; REAA, Emulação, Moderno, York, Brasileiro, Adonhiramita, Schröder e o Rito Escocês Retificado. Aprendemos virtudes e semeamos obreiros, dedicados à construção de nosso Templo Interior em benéfico social comum. Intervisitamos as lojas da região e buscamos a concórdia. Não somos uma religião, somos tolerantes com qualquer credo. Acreditamos em ente supremo que rege o universo e possuímos uma ligação com a religiosidade e espiritualidade. Em nossa cidade, onde houver Maçons, lapidamos com trabalho honesto e virtuoso, em todas as esferas de trabalho público ou particular. Desenvolvemos justiça social, equidades e respeito a qualquer ser humano, de qualquer nível social ou econômico. Os ensinamentos recebidos em nossos templos são aplicados em nossas vidas cotidianas, incorporando virtudes e formando a história. Todo modo de existência humana está inseparavelmente enraizado na vivencia do dia a dia e a verdadeira dimensão temporal da vida diária está no cerne da própria História. Façamos um dia melhor que outro. Iniciemos a Maçonaria Executiva. Clamamos os Maçons a executar quebra de paradigmas, para organizarem sua loja internamente e preparar para evoluir um Maçom mais proativo. Precisamos praticar uma Maçonaria mais participativa, colaborativa. Fiscalizar e atuar na sociedade para a melhoria dos indicadores sociais. Ao Poder Público, ora aqui presente, declaramos que os Maçons da cidade de Suzano, estarão sempre de pé e à ordem para ajudar, fomentar, ensinar, realizar, de forma organizada, o crescimento e desenvolvimento da nossa cidade, dos nossos bairros, os nossos vizinhos e amigos, e de nossos lares. Nosso trabalho é silencioso e despojado de vaidade. Agradecemos aos nossos familiares, em especial ao apoio das nossas esposas. Que o G.A.D.U (Grande Arquiteto do Universo), sempre em nossos ofícios e corações, mantenham nossa filantropia, benemerência, caridade e fé, com muita alegria e amor para a história de Suzano. As lojas maçônicas, representadas pelos VVMM da (1)ARLSBO 31 de Março II; (2)ARLS 2 de Abril; (3)ARGBLS Luz e Caridade, (4)ARLS Guardiões da Virtude; (5)ARLS Campos de Mirambava; (6) ARLS Honra, Dignidade e Soberania e (7) ARLS Jean Baptiste Willermoz. Com todos seus obreiros, atuaremos junto a sociedade suzanense e deixaremos marcas indeléveis na memória desta fraterna e prospera cidade. Falando pelas demais lojas, agradecemos a homenagem recebida pelo dia dos Maçons e conte conosco. E Viva a Maçonaria! Com a palavra o Presidente Leandro Alves de Faria – PL (Leandrinho), que após os cumprimentos de praxe, manifestou: “Como já é tradição na Câmara de Suzano, homenageamos seis representantes da Maçonaria em Suzano. Pessoas que realizam, com discrição, um trabalho social importante no nosso município, essencial para o desenvolvimento e a melhoria a vida da nossa população. Como representante do povo susanense e da Câmara Municipal de Suzano, agradeço a todos presentes, a todos Maçons e de forma especial aos seis que foram homenageados na data de hoje e a todas as augustas, respeitosas lojas Maçônicas. Quero dizer que a Câmara Municipal está sempre à disposição de vocês para o que precisarem. Que esse trabalho de vocês seja sempre exaltado por esta Câmara. Muito Obrigado a todos. Boa noite e fiquem com Deus. Nada mais havendo a tratar, às vinte horas e cinquenta minutos, foi encerrada a Décima Sétima Sessão Solene. Ao final, o homenageado se posicionou à frente da mesa para a foto oficial com Vereadores, autoridades e amigos. (Nota da taquigrafia.)

PLENÁRIO FRANCISCO MARQUES FIGUEIRA, 31 de agosto de 2022

VEREADOR LEANDRO ALVES DE FARIA
Presidente

VER. ANTONIO RAFAEL MORGADO VEREADOR JAIME SIUNTE
Primeiro Secretário Segundo Secretário