Vereador Lisandro apresenta projeto que proíbe fogos de artifício que geram barulho
Foto: Ricardo Bittner/Câmara de Suzano
O vereador Lisandro Frederico (PSD) apresentou um projeto de lei que proíbe o armazenamento, comercialização, manuseio e a utilização de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos de efeito sonoro que causem poluição sonora em toda a cidade de Suzano. De acordo com a propositura, ficam apenas liberados os “fogos de vista”, como são conhecidos aqueles que produzem efeitos visuais e sem estampido.
“A poluição sonora assusta os animais e as crianças, prejudicam os idosos, mata peixes e aves, desrespeita os autistas e prejudica a audição”, afirmou Lisandro.
De acordo com o vereador, cidades como Bauru, Ilhabela, Itu, Águas de Lindóia, Socorro e São Vicente já proíbem a venda. E a lei é válida até mesmo em grandes municípios como Campinas e Santos.
Caso seja aprovado, o projeto estabelecerá que, quem desrespeitar a regra, poderá ser multado em até 500 Unidades Fiscais do Município (UFMs), sendo que a punição pode ter o valor dobrado a cada reincidência. O montante arrecado será incorporado ao Fundo Municipal do Meio Ambiente (FMMA). A proibição de fogos passa a valer em recintos fechados e ambientes abertos, em áreas públicas e locais privados.
Lisandro destacou que o barulho é traumático para os animais, por terem a capacidade auditiva superior a dos seres humanos. “Os cães latem em desespero e até se enforcam em correntes. Os gatos têm taquicardia, salivação, tremores, e há casos de fuga do lar tamanho é o medo. E, além de ocorrências de fugas, há relatos de animais que se jogam de sacadas ou se atiram contra carros o que provoca acidentes”, afirmou. Duas empresas do ramo PET já declararam ser favoráveis a iniciativa.
SAÚDE PÚBLICA
E os transtornos não são gerados apenas aos animais. A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) realiza todos os anos e em todo o País, a campanha de conscientização “Fogos de Artifício – um Espetáculo Perigoso”.
Segundo um levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), baseado em informações do Ministério da Saúde colhidas entre 2008 a 2016, ocorreu 4.577 internações de pacientes que se queimaram com artefatos explosivos. A média no País é 85 atendimentos só nos meses de junho, o que corresponde a um terço do total de ocorrências anuais. “Trata-se de um problema de saúde pública sério”, afirmou Lisandro.
A proibição dos fogos é mais uma das ações do bloco de vereadores formado no Alto Tietê em busca de uma nova forma de fazer política. A proposta será apresentada ou já está em análise nas Câmaras do Alto Tietê, como Ferraz de Vasconcelos, por meio do vereador Renatinho Ramos de Souza, o Renatinho Se Ligue; Poá, vereador Saulo Souza; Mogi das Cruzes; vereadores Caio Cunha e Fernanda Moreno; Itaquaquecetuba, vereador Edson Rodrigues, o Edson da Paiol; Arujá, vereador Gabriel dos Santos; e Salesopólis, vereador Rodolfo Marcondes.